sábado, 2 de novembro de 2013

A construção do conhecimento (8)

A construção do conhecimento (8)


Feiras e feirantes de um comércio cigano e nômade, itinerantes e errantes, levavam alimentos e conhecimentos a outras paragens. Um dia se estabilizaram e criaram raízes, formaram seus armazéns para estoques e vendas, de mantimentos e implementos. Bodegas e armazéns, comércios de secos e molhados, evoluíram para mercadinhos e mercados. A iniciativa privada com mais recursos financeiros, detentora de mais conhecimentos logísticos, administrativos, e comerciais transformou mercados em supermercados. Com o tempo e a expansão dos negócios, com crescimentos horizontais e verticais, chegaram aos hipermercados.
Supermercados agora funcionam de ancora comercial, com pequenas lojas em seu entorno interno ou externo, oferecendo produtos e serviços não tão comuns ao interior dos antigos mercados, como produtos e serviços da linha automotiva. Lojas com produtos e públicos específicos como farmácias e revistarias. Espaços destinados a serviços como terminais eletrônicos bancários e loterias. Empreendedores individuais como chaveiros e engraxates. Pequenas empresas como manicures e cabeleireiros. O modelo de mercado “hiper” dá oportunidade a outros negócios criando um ambiente comercial. Expande e aumenta suas atividades, atrai novos clientes. Pratica a comercialização de produtos e a comercialização de serviços, tornando-se um administrador de um condomínio comercial.
Algumas cidades ainda possuem ou preservam seus antigos mercados municipais. Locais onde pequenos produtores levam suas produções diariamente para ser comercializada com a população local. Andar pelos corredores de um mercado municipal leva a conhecimentos sobre hábitos e costumes do local. Hábitos do “dicumer” e do “dibeber”, da criação e da plantação, da cultura e da formação.
Feiras e antigos mercados em pequenas cidades ofereciam produtos de uma antiga classificação biológica dos seres vivos, os dois grandes reinos: dos animais e dos vegetais. As novas gerações comerciais de mercados oferecem produtos de uma nova classificação adotada com a evolução da biologia, em cinco grandes reinos denominados como: moneras e protistas, fungos, animais e plantas.
Andar entre as gôndolas de um super ou hiper, um gama de informações e conhecimentos são oferecidos e ofertados nas prateleiras. Produtos em diversas modalidades de pesos, volumes e tamanhos. Desde a unidade ao atacado, dúzias e dezenas. Passando por diversas medidas de tamanhos e volumes, passando por litros e mililitros, por quilos e gramas, por metros e centímetros. Embalados em potes e pacotes; latas, caixas e garrafas.
Órgãos e instituições governamentais de controles de pesos e medidas orientam os consumidores a denunciar produtos com quantidades ou conteúdos a menor dos que descritos na embalagem. Produtos já conhecidos e reconhecidos pelo público com embalagens novas e diferenciadas são obrigados por lei a informar novos pesos e volumes de maneira clara, legível e destacada, a fim de evitar enganos por parte do consumidor.
Cada produto por exigência de lei deve conter sua composição; datas de fabricação e de validade. Produtos químicos com nomes vulgares e cientifico, datas anteriores e posteriores. Modos de preparos e condições de armazenagem, prazos de usos antes e depois de abertos. Destinados a bebes e crianças, jovens e adultos; ou de uso animal e veterinário. Elementos nocivos a saúde e suas alternativas em casos de ingestão ou inalação acidental.
Uma aula em cada embalagem que vai das compras ao local de consumo, aulas de química, física e biologia; contabilidade, administração e gestão. A gestão da qualidade a partir do que é colocado na prateleira da dispensa, do freezer ou geladeira, três ambientes, três temperaturas, três modelos de validades. Depois da aula do supermercado vem a noção intuitiva de armazenar e administrar estoques em casa, a intuição do sistema PEPS, o primeiro que entra é o primeiro que sai.


FIM (8)
E

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